evento mulher negra1.jpeg

A necessidade de valorizar o papel da mulher negra na sociedade e de estimular a representatividade delas no contexto político foi tema de um evento em comemoração ao Mês da Mulher, organizado pela Bancada Feminina do Parlamento catarinense e pela Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) na noite desta quarta-feira (27).

A Secretária de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação, Maria Elisa De Caro prestigiou o ato que contou com a palestra da primeira tenente-coronel negra da Polícia Militar de Santa Catarina e autora do livro “Traços de Antonieta”, Edenice Fraga, da coordenadora de promoção da igualdade racial de Criciúma, Daianara dos Passos e da educadora e escritora Gisele Marques. “Penso que as comemorações poderiam ser substituídas por reflexões. Já conquistamos muitas coisas, mas ainda falta bastante. E o desafio em busca desta diferença que vivemos com relação ao homem em todos os setores, é diário”, pontuou Maria Elisa.

As palestrantes falaram da forma como a mulher precisa ser vista na sociedade. Edenice, iniciou seu discurso dizendo que a mulher precisa ser vista como agente atuante e não meramente como uma espécie de peça decorativa. “Nós temos que ocupar todos os espaços. Não podemos mais estar agindo como se estivéssemos no século XIX, onde a mulher dependia de tudo do homem.” E defendeu ainda que as mulheres devem estar nos mesmos locais de trabalho que os homens. “Recebendo o mesmo salário, o mesmo respeito, a mesma consideração. A autonomia feminina nas atividades sociais e na economia ainda é inadequada”, concluiu.

A coordenadora de promoção da igualdade racial de Criciúma, Daianara dos Passos, comentou que a palestra incluída na programação criada pela Assembleia Legislativa é de grande importância por ser um momento de conscientização para discutir a visibilidade da mulher negra. “Eu acredito que a discussão é o primeiro passo”.

A educadora e escritora Gisele Marques, disse que a luta pelo protagonismo deve ser pensada como um projeto político. Segundo ela, as mulheres negras ganham menos e sofrem mais violência física e moral em relação a outros grupos sociais e são estereotipadas. “O próprio nome mulata é pejorativo, porque ele vem de mula, de algo de duas espécies que não se combinam. Então, a mulher negra é estereotipada no Carnaval, naqueles cinco ou seis dias ela é a rainha e depois ela volta para limpar o chão das outras estruturas.”

 

 

Com informações da Assembleia Legislativa

FacebookTwitterYoutube
JSN Boot template designed by JoomlaShine.com

Desenvolvimento: logo ciasc rodape | Gestão do Conteúdo: SST | Acesso restrito