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A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa instalou, o Grupo de Trabalho de Apoio aos Imigrantes e Refugiados (GTI). Coordenado pelo deputado Fabiano da Luz (PT), o GTI reúne entidades, órgãos públicos municipais, estaduais e federais e grupos de apoio espalhados pelo Estado. A Secretaria de Estado da Assistência Social (SST) integra o grupo por meio da Diretoria de Direitos Humanos. As reuniões do GTI serão sempre na segunda sexta-feira do mês, às 14h, na Alesc.

Dados oficiais registram a chegada de uma média de 80 imigrantes por dia a Santa Catarina – o maior grupo é de venezuelanos. Na rede pública estadual de ensino, são 1.600 estudantes. “Nosso trabalho é ver como a gente vai atender essas pessoas, como vai mostrar que Santa Catarina está aberta a receber e não apenas deixá-los por aí, mas dar um acompanhamento para que eles possam iniciar uma nova vida como catarinenses”, explicou o deputado.

Normalmente, o litoral é o principal destino, mas o estado todo tem dado uma boa resposta às necessidades dos imigrantes. É o caso de Saudades, município de 8 mil habitantes no extremo-oeste catarinense. “Como tem várias empresas que precisam, eles abriram as portas para que até 150 venezuelanos pudessem ir até lá”, revelou o parlamentar. “É um pouco desse olhar que a gente precisa ter, saber para onde estão indo, se estão trabalhando, se têm moradia, para que a gente possa acompanhar de perto também como responsáveis por estes imigrantes que estão vindo aqui”, completou.

Centro de Referência

Em Santa Catarina, a questão imigratória tem um importante ponto de apoio, o Centro de Referência de Atendimento ao Imigrante (CRAI), no Centro de Florianópolis. O CRAI catarinense é um dos dois existentes no país – o outro fica em São Paulo.

De acordo com o coordenador do CRAI, Luciano Leite, o centro – fruto de convênio entre uma entidade privada e o governo do Estado – articula políticas públicas para que a população de imigrantes tenha garantidos os atendimentos necessários em educação, saúde e assistência social. “A gente trata a questão imigratória como um fato total, pois atende crianças, adolescentes, jovens e adultos. Então o imigrante está dentro de uma gama de ações que precisam uma articulação de todas as políticas públicas”, explicou o coordenador.

O CRAI catarinense tem um ano e meio de trabalho nesta articulação, mas, na visão de Leite, precisa avançar muito ainda. “Esses são os desafios: trabalhar de forma integrada as políticas públicas para que os imigrantes possam ter acesso e iniciar sua vida novamente nesse país”, afirmou.

Segundo o coordenador, uma das dificuldades vividas por imigrantes e refugiados se refere à profissão. Muitos têm formação superior, mas, quando chegam ao Brasil, não conseguem exercer sua atividade por questões burocráticas. “Muitos não conseguem se inserir no mercado de trabalho, na sua formação de origem, porque precisa validar diploma, fazer outras disciplinas complementares, e a necessidade dele é imediata, como alimentação, moradia”, ressaltou.

Texto: Marcelo Santos/Alesc
Fotos: AGÊNCIA AL
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