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Foto: Arquivo SAS

Dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira, 27, indicam que Santa Catarina tem 4.447 pessoas que se autoidentificaram como quilombolas. Elas vivem em 28 municípios. Essa foi a primeira vez que o questionário incluiu perguntas para identificar pessoas que se reconhecem como quilombolas e as informações podem embasar políticas públicas do Governo do Estado.

“Esses dados são importantes para conhecermos e garantir a valorização desses povos, da sua cultura, dos saberes”, disse Regina Suenes, da Gerência de Políticas para Igualdade Racial e Imigrantes da Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família.

A pesquisa também mostrou que 86,96% dos quilombolas que moram em Santa Catarina não estão em territórios oficialmente delimitados. Dos 4.447 identificados, 3.867 estão fora de áreas oficiais de quilombo. Uma realidade também para quase 90% dos quilombolas no país que não moram nas 494 áreas oficialmente delimitadas para essa população.

De acordo com o Censo 2022, o município catarinense com mais quilombolas é Capivari de Baixo, no Sul do estado, com 654 pessoas. “Informações como as da pesquisa possibilitam aprimorar as políticas públicas para essa população. Entender onde estão, quantos são, como é sua cultura. Tudo isso auxilia na garantia dos direitos dessas populações”, complementa a secretária da SAS, Maria Helena Zimmermann.

A Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família conta com uma Gerência de Políticas para Igualdade Racial e Imigrantes que trata, entre outros assuntos, das comunidades quilombolas. O setor busca combater as desigualdades estruturais para promover a proteção dos direitos das populações negras afetadas pela discriminação e outras formas de intolerância. Entre as principais ações realizadas neste ano estão as visitas técnicas nos quilombos para mapear as comunidades e suas necessidades. “É uma população negra com uma cultura diferenciada que faz parte das comunidades tradicionais”, explica explica Regina Suenes.

O que são os quilombos?

Entre os séculos XVI e XIX os quilombos foram criados por pessoas que fugiam da violência imposta pela escravidão. Quando foram fundados eram locais de liberdade e resistência. Cem anos depois da abolição da escravidão, a Constituição Federal de 1988 criou a nomenclatura “remanescentes de comunidades de quilombos”, que foi substituída pelo termo “quilombola”.

 

Texto:Luciane Lemos / Ascom SAS
Assessoria de Imprensa
Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família
(48) 3664-0916

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